“E aconteceu que indo eles, falando entre si e fazendo perguntas, o mesmo Jesus se aproximou e ia com eles”... Lc.24.15
No primeiro dia da semana, após a morte de Cristo, dois de seus discípulos (não do grupo especial), seguem para Emaús – pequena Aldeia situada no cruzamento das rotas que davam acesso a Jerusalém, principal cidade dos judeus, que mais tarde passou a se chamar Nicópolis, que em grego quer dizer “cidade da vitória”.
Quem sabe, procuravam pelo refrigério das águas térmicas e do clima agradável de Emaús, na esperança de descansarem seus corpos e repousarem as suas almas afligidas pela frustração de haverem perdido o seu mestre.
“... E aconteceu que indo eles, falando entre si e fazendo perguntas...”
Enquanto percorrem o caminho de suas frustrações, rumo à cidade do descanso, trocam palavras entre si, expondo suas dúvidas e decepções com relação à morte daquele que achavam ser o remidor de Israel. Seus olhos, enegrecidos pela desesperança e seus semblantes, desfalecidos pela descrença...Que decepção! Morrera, de fato, quem implantaria um governo de paz, libertando o povo do domínio do império romano? Não poderiam acreditar no que estavam vendo. Se tivessem atentados para o conjunto de textos proféticos, que tratava do assunto entenderiam que Cristo viria para remir o seu povo, contudo, deveria padecer sofrimentos e morte.
Por acaso, não nos comportamos assim, muitas vezes? Queremos que o Cristo reine, mas, não queremos que Ele morra, nem tão pouco que seja crucificado. Esquecemos-nos que não há cristianismo, sem morte! Que sofrimento, morte, ressurreição e glorificação são processos naturais do cristianismo. Queremos a coroa, mas, não queremos os espinhos. Outra vez nos decepcionamos. E, de novo, pegamos a estrada para Emaús, quando deveríamos ficar em Jerusalém.
“... o mesmo Jesus se aproximou e ia com eles”... Lc. 24.15
Quando ainda, discutiam suas
frustrações, o mesmo Jesus se aproxima deles. Mas, a decepção, por não
entenderem as escrituras, cegou-lhe
os olhos e o vulto que conseguiram ver foi de um peregrino. As suas ideologias
eram mais fortes que a presença e a voz daquele que andou com eles durante três
anos. Não puderam vê-lo, nem tão
pouco identificar-lhe o timbre de sua voz. Estavam cegos e surdos. Quantas vezes, no caminho para Emaús, nos comportamos
assim. Insistimos em não querer aceitar a Vontade de Deus, e nem o seu
propósito. Estamos frustrados demais!Tratamos Jesus, como se fosse um mero
peregrino.
E,
finalmente, chegamos a Emaús. A noite, também, chegou. Jesus, o peregrino, quer tomar outro rumo. Tudo
isto é estratégico. Como que pela insistência dos viajantes, Ele fica. Esta
seria a grande lição!...
Entretanto, quando chegam a Emaús, já
assentados à mesa, o peregrino Jesus, rasga o pão. Ele esteve no caminho o
tempo todo, mas, agora chegaria o grande momento: o de ser reconhecido. Os
olhos dos discípulos se abriram!...e os ouvidos, também! A lição estava dada.
Enfim, entendemos que cristianismo é
sobretudo, fracionar o pão. É comunhão, partilha... Não é teologia nem teoria.
Enquanto os discípulos discutiam as escrituras, não venceram o desânimo nem as
frustrações no caminho de Emaús. Não foram capazes de enxergar o Cristo, no peregrino que com eles andavam. Finalmente,
só venceremos nossas frustrações e decepções, quando na cidade da vitória,Emaús, na atitude de
partilharmos o pão com o peregrino, nos
surpreendermos com o Cristo que nos rasga o pão à mesa. É no partilhar do pão,
que Cristo se revela a nós!
Fica conosco, senhor! Já está muito
tarde!.
Marizan
di carvalho
A Paz do Senhor, irmão!
ResponderExcluirMuito bom seu artigo.
Continue essa pessoa abençoada, dedicando-se a obra de DEUS.
Obrigado. Deus abençoe. Volte sempre.
ExcluirParabéns Pastor Marizan, pois o senhor escreve "divinamente" bem (risos).
ResponderExcluirUm grande abraço.
Em Cristo. Shalom.
Obrigado, querido,pelo carinho.
Excluir